quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Procurei em todos belos sonhos
Procurei em mim mesma,
Tolice, ignorância!
Oh! Anjo imune de tal caos
Que me proporcionou tanto amor,
Deixou-me cair, perdôo-te!
Suplico-te que me acorde, liberte-me
Deste sonho maligno,
Deste pesadelo maldito...
Que sou obrigada a vivenciar
Oh! Vejo apenas mentiras,
Mentiras que predominam meus olhos
Sou uma mentira!
E todos ao meu redor
Por que, por quê?
Acreditei que poderíamos viver em um conto de fadas
Acreditei em um mundo melhor!
Tão ingênua! Tão inocente!
Feridas cicatrizadas em almas machucadas
Vejo sangrando...
Corações arrebentados, injuriados
Suplico-te anjo, salva-nos
Tire-nos de tal pesadelo que perturba-nos
Vivencio tal sofrimento não merecedor
Não teres pena de mim?
Não compreendes-te o quando infeliz sou?
Anseio em um dia vê-lo novamente
Anseio que poderei novamente voar junto a ti!
Viverei a tua espera...
Mesmo que tu nunca venhas...
Sempre serás meu belo sonho,
Meu belo anjo e único amor!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

sinos da meia noite;

Estou ouvindo a marcha fúnebre apenas para relaxar
de repente ouço sinos que parecem me chamar
eles vêm do cemitério no qual eu costumo ficar
e sinto como se um cadáver quisesse me encontrar
Caminho para uma sepultura que parece me atrair
era minha casa futura, nela eu queria cair
em meio à paisagem macabra, do túmulo vi levantar
o morto que me chamava, queria me beijar
Aquela pele macilenta... Tão morta, não resisti;
demos o beijo da morte e naquela sepultura caí.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Se atire por entre estas rosas, será uma das sensações mais gratificantes de sua vida. Rosas tão belas em suas pétalas e tão rígidas e violentas em seus espinhos... Machuque-se por entre as rosas e deixe seu sangue como lembrança corpórea... Elas roubarão parte de sua alma como recompensa por terem deixado suas pétalas acariciarem as feridas causadas pelos seus espinhos... Sangue... O vermelho das pétalas das rosas é feito do sangue daqueles que um dia pensaramem se atirar por entre as rosas... E o fizeram...Rosas cruéis, como meretrizes malditas, em bordeis de sangue dos que não resistiram a se entregar nos braços desse desejo maldito... Que é o amor.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

tempo;

Minha carteira está cheia de mágoas
Estou dormindo no tempo
Estou envelhecendo
Estou me perdendo

Oh! como o tempo é cruel
Meu mundo está sendo pintado em preto e branco
Eu perdi as cores, eu afoguei amores
Meus companheiros estão lutando, estão morrendo
E o vento não se cansa em arrastar meus heróis

Eu queria encontrar outros como eu
Eu queria ler mentes

Olhe o tempo novamente
Olhe o mundo se perder em um segundo
Olhe como podemos morrer sem antes viver

Devolva-me os pingentes de meu pai
Devolva-me os brinquedos de meus filhos
Devolva-me as minhas doces ilusões
Simplesmente: tempo, Devolva-me

É a corte dos lagos, são os livros sagrados
Seguir o manual não é uma opção
É a guerra dos mundos, É a festa dos desviolados

E o tempo se foi
arrancando o que um dia ja foi tudo
Mudando nossa rota
diversificando nossos destinos

Eu fui para um vale de ossos
Eu fui ver os anjos do pecado
EU fui pescar num rio de sangue

Estamos fora da lei
Precisamos de um rei
Aqui o tempo passa
Ele se disfarça,
Para eu me perder
Totalmente sem raça

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Quero uma música de amor
Que não seja uma mentira
Como o vaso que te mente ò flor
De plástico, sem morte ou vida

Quero sofrer por alguém
Por esperar, por saudade
Sem pensar de onde vem
Sem pensar se é verdade

Quero o verso pela beleza
Quero acreditar que amo
E crer na certeza
Diante do engano

Quero o lugar mais bonito
Além desse inferno
A melodia pelo eterno
Por além do infinito

A música que esconda a minha dor
E não mostre minha morte, meu horror
Nem me faça um poeta triste
Mas sei que como esse amor
Essa canção não existe