sexta-feira, 19 de março de 2010

Ambiguidade

Névoa d'alma tua, vidraças comprime

Companheira... nunca teve uma amiga

Triste por existir felicidade

Não por não ser feliz.

Hipnotiza o teu olhar

o dos mortais

Lânguida, o silêncio te excita

Ah, a solidão... para ti tão divertida

E, o amor que não tiveste (tiveste?)

até hoje te envelhece, te machuca, te eterniza

Torna-te incompreensível

tanto quanto Mona Liza.

E, como definir

alma divina satanista, ambígua

(Metade céu, metade inferno?)

Distorcida como a morte

Cristalina como a vida

Uma jovem velha por dentro

Menina mulher,

Mulher menina

Quisera eu poder provar do teu amor bruxuleante.

Joguei-me assim com tamanha intensidade,

disse-lhe como faço agora:

coisas malucas sem sentido e com sentido complexo,

mas nenhuma tão digna, tão capaz

de ter de ti o teu amor eterno.

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