Névoa d'alma tua, vidraças comprime
Companheira... nunca teve uma amiga
Triste por existir felicidade
Não por não ser feliz.
Hipnotiza o teu olhar
o dos mortais
Lânguida, o silêncio te excita
Ah, a solidão... para ti tão divertida
E, o amor que não tiveste (tiveste?)
até hoje te envelhece, te machuca, te eterniza
Torna-te incompreensível
tanto quanto Mona Liza.
E, como definir
alma divina satanista, ambígua
(Metade céu, metade inferno?)
Distorcida como a morte
Cristalina como a vida
Uma jovem velha por dentro
Menina mulher,
Mulher menina
Quisera eu poder provar do teu amor bruxuleante.
Joguei-me assim com tamanha intensidade,
disse-lhe como faço agora:
coisas malucas sem sentido e com sentido complexo,
mas nenhuma tão digna, tão capaz
de ter de ti o teu amor eterno.
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