quarta-feira, 6 de outubro de 2010

E se um dia eu pudesse inflamar minha alma como uma fênix que alasse por sobre o mundo e incendiasse todos os corações expurgando-os: tornaria-me o Senhor das Paixões. Ou, senão, fosse uma negra nuvem pairando no céu, tapando o sol e tornando o dia uma gélida noite; onde minhas gotas de lágrimas e sangue precipitassem: tornar-me-ia o Senhor dos Flagelos. Ainda que eu fosse só um mar revolto, atormentado pela busca ansiosa de tomar a Lua para si, engolfando navios e pescadores de ilusões: tornar-me-ia o Senhor das Decisões. Se meu povo me idolatrasse (sim, me idolatrassem), se me vissem como um pseudo-mártir e orassem, construiria uma igreja e pregaria o meu nome: tornar ia-me o Senhor dos Homens. Mas ainda que eu fosse o Senhor dos Senhores, que eu detesse o poder das Decisões, o sufrágio dos Flagelos, ou o cupido das Paixões, eu jamais me tornaria o Senhor do Seu Coração. Quando a tristeza vier ao seu Encontro, deixe sair dos olhos uma lágrima, da boca um sorriso e do coração.
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