quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tento esconder as cicatrizes debaixo da pele pra você não ver não chorar nem se preocupar, querer saber o que as provocou, me despindo com perguntas me tornando vulnerável a você. Sabe, às vezes é difícil esconder tudo dentro de si importar-se com os outros com o que vão pensar, tentar poupa-los e enganá-los fingindo sorrisos e margaridas no cabelo, rodopios e canções de roda quando o que há é só desespero e bateres de porta.

Engolir o choro nem sempre é possível os gritos saem em forma de urros e a face contrai e os olhos transbordam. Muitas vezes o papel dá conta e a calma chega quando a folha em branco se completa quando a mão inicia o seu trabalho de transcrever a alma e jogá-la em código inteligível para si e para o mundo.

Porém, se a dor é forte para te tirar até as forças de escrever, ou pior, de viver; se te amarra as mãos e abre os olhos e só deixa ver o mal, o triste. Direciona sua mente para a infelicidade e cobre as alegrias, os momentos bons os esconde de você, então o papel perde o significado de libertação só a morte ganha esse poder. E tudo se resume a novas formas de alcançá-la perder o medo de encará-la tomar sua mão e mergulhar junto na mais pura e cândida escuridão.
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