terça-feira, 16 de junho de 2009

Já não me reconheço nas sombras e nos reflexos...

Queria gritar mais alto que o som...
Queria dizer-te que nas minhas veias corre uma dor rubra que é ácida quando me jorra da boca.
E eu grito... Grito todas as dores... Todas as lágrimas... Todas as perguntas que ficaram sem resposta, mas o teu eco silencia-me... Não o ouço... Não vejo tua voz cruzar as andorinhas e eu morro mais um pouco.
Puxo-me para um buraco onde possa fugir da pressão exercida no peito por não me sentir em ti. Por não abrir os olhos de manhã e seguir; a vida de modo sermos feliz.
Asfixio o ar que devia respirar com orgulho. Danifico os sorrisos com os maxilares cerrado com força, crio rugas na pele e dispo-me de perfumes. Ainda semeio o meu jardim com lágrimas de carne que adubam a terra onde teimosamente nasces e continuas a ser o cravo mais bonito do meu jardim...
E eu... a mesma pétala perdida, sempre tentando agarrar a esperança no verde das tuas folhas.
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