sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alma que Ocoa

E tudo insiste ser
como se nunca outrora, sido.
O “agora” dantes,
permanências...
Hoje, frestas afiadas.

Do olhar algures
desnudar esferas,
resta a des-espera
de jamais ter compreendido.

Alheio
era o nunca ter vivido,
nunca ter estado
e nunca ter nascido...

Não assusta a morte
seu brincar inofensivo,
nem as horas trinas
quando vai findando o dia,

Assusta esse afora
de adornados desmotivos,
desestares desdenhosos
de instantes retroativos...

O vago sensitivo
de voltar quilômetros
de nadas...

Sem ao menos ter partido.
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