quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Porta do Destino

Como um ogro devorando corações
Debaixo da máscara, seu rosto desprezível sorri.
Demônios famintos sem salvação

Você consegue ouvir a melodia da guilhotina?
O pecado e o meu coração partido perambulam,
E o mesmo vagando assim, essas memórias que não foram perdoadas,
Apunhalam meu coração

Espírito, abandone o abismo envenenado,
Retire-se do lago da eternidade
Destruindo essa imagem,
Chave que abre a porta do destino transitório em minhas mãos.

Com este braço eu devo puxar e abraçar o mundo que dá voltas
Céu melódico.
Eu sei que a dor não é celestial nem mundana,
Mas um supremo santuário
Origem da imaginação
Uma nova vida nasce nesse mundo governado pelo caos

O corpo que eu sacrifiquei para a eternidade tomou o lugar de um anjo caído
A luz ofuscante encobre o bater de suas asas

Sofrendo, o corpo crucificado se despedaça
E o sangue impuro derrama-se completamente
A prova do juramento está cravada neste corpo
Rumo a porta do destino.
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